Festival de Rosés

Primavera chegou e a estação pede vinhos mais leves, refrescantes e com bastante acidez. Por isso, a Wine Lovers está realizando um Festival de Rosés. Assim, você pode adquirir vinhos mais propícios para o período. Você sabe como as estações do ano surgiram para os povos antigos? Conheça a seguir a explicação dos gregos através dos mitos e cultos aos deuses. Afinal, Dionísio – correspondente de Baco para os gregos, Deus do Vinho, fazia parte desta turma… 

Primavera na Mitologia

Perséfone é uma deusa que fazia parte da religiosidade dos gregos antigos, sendo considerada deusa da agricultura, da vegetação e responsável pela fertilidade dos grãos plantados. Foi raptada por Hades, tornando-se sua esposa e rainha do submundo, sendo obrigada a passar uma parte do ano morando nesse local. Os historiadores interpretaram o mito de Perséfone e Hades como uma explicação para as estações do ano.

Pois, o período que ela passava com Hades era um momento de tristeza para Deméter, deusa da fertilidade e sua mãe, o que, em consequência, afetava a produtividade da agricultura. Esse seria o período do inverno. O retorno de Perséfone para junto dela, por sua vez, coincidia com a primavera.

Culto à Perséfone

O culto a Perséfone era algo importante para os gregos na busca pela fertilidade na agricultura. Ela era vista como a responsável pela primavera, período em que as plantas floresciam e davam frutos. Não se sabe a origem do culto a Perséfone, mas acredita-se que tenha tido início em rituais primitivos de comunidade agrícolas.

Perséfone é conhecida especificamente por ser cultuada pelos gregos em um ritual conhecido como Mistérios de Elêusis, cidade que ficava na região da Ática, próximo de Atenas.

Rituais em Elêusis

Esse culto era dedicado a Perséfone e sua mãe, Deméter, e é entendido pelos estudiosos como um culto agrário. Esse ritual era secreto, sendo que somente os iniciados nesse culto sabiam como ele era realizado.

Perséfone era filha de Zeus com Deméter, sendo assim, sua mãe pediu que ele interferisse e trouxesse-a de volta à Terra. Assim, Zeus enviou Hermes para o submundo para que ele convencesse Hades a devolvê-la, mas este afirmou que só o faria se Perséfone não houvesse consumido nenhum alimento do submundo.

Acontece que Hades havia enganado Perséfone e a feito consumir alguns grãos de romã. Isso impossibilitou seu retorno, mas Hades permitiu que ela passasse dois terços do ano com sua mãe, e o período restante ela seria obrigada a passar com Hades. Outras versões contam que ela passava uma metade do ano com Deméter e a outra metade com Hades.

Nas estações mais frias, outono e inverno, Perséfone passava no submundo com Hades; e nas estações mais quentes, primavera e verão, ela podia retornar à Terra e conviver com a sua mãe. Gostou de saber mais sobre a criação das estações do ano pela mitologia? Agora, que tal você se inspirar e aproveitar o festival de rosés da Wine Lovers para comemorar o retorno de Perséfone ao lar?

Sugestões Wine Lovers

Aos poucos, o clima vai esquentando e as pessoas trocam as comidas mais substanciosas, quentes e calóricas por alimentos mais suaves como carnes magras, peixes, frutos do mar, saladas e legumes. Para saber mais sobre o aumento do interesse por esse tipo de vinho, leia o artigo “Fenômeno dos Vinhos Rosés”, clicando aqui.

Vinhos do Festival de Rosés

Velho Mundo

A estrela do nosso festival de rosés é o vinho Tapada dos Monges Espadeiro Rosé, da vinícola Vinhos do Norte, que se localiza na região dos vinhos verdes, em Portugal. Vinho com 100% espadeiro, cor rosada intensa. Aromas de frutas vermelhas, como morango, cereja e framboesa, perfumado e elegante. Paladar fresco, jovem e harmonioso, que confirma os aromas de frutas vermelhas floral, com volume e alguma acidez. Persistente e bastante elegante. Ideal como aperitivo, com massas, pratos orientais e sobremesas. 

O vinho La Umbra Rosé, da vinícola The Iconic Estate, que se localiza em Dealu Mare, na Romênia, é outro exemplo de rosé fácil de beber e muito agradável ao paladar. Elaborado com 100% merlot, demisec, bem definido e equilibrado. De cor rosa avermelhada intensa e sabores complexos apresentando aromas de frutos vermelhos suculentos e frutas exóticas. Final de boca exuberante. Combina com saladas, pratos com frango ou sozinho.

Da vinícola Domaine Vallon des Glauges, situada no vale de Glauges, o vinho que participa do festival de rosés é o Vallon des Glauges IRIS, produzido com as uvas carignan e grenache. Cor rosa alaranjada. Aroma complexo com mistura de frutas vermelhas frescas e flores. Na boca tem bom ataque com notas frutadas e toque mineral com bom frescor. Taninos leves e macios, caracterizados por sabores mediterrâneos e cítricos. 

O vinho Bojador Rosé, da vinícola Espaço Rural, do Alentejo, em Portugal, é orgânico e elaborado com as uvas touriga nacional e aragonez. Possui cor rosa pálida. Mineralidade e notas de fruta vermelha. Bom volume de boca e frescura pronunciada. Combina com frutos do mar, carnes grelhadas e canapés. 

Novo Mundo

Do Vale dos Chacaynes, na Argentina, situa-se a vinícola Casa de Uco Private Vineyards & Wine Resort, temos em destaque para o festival de rosés o vinho Casa de Uco El Salvaje Rosé, com 100% malbec, que a revela em sua forma mais natural. Expressivo, feito com uvas de um terroir único, poderoso e elegante. Presta homenagem à rica paisagem, flora e fauna nativas da região. Combina com carnes vermelhas grelhadas, churrasco, cordeiro e aves com molhos vermelhos, além de massas recheadas e queijos duros e semiduros. 

O Artesana Tannat Rosé, da vinícola uruguaia Artesana Winery, localizada em Canelones. É um vinho muito fresco com boa concentração e elegância de frutas como cassis e amoras. Na boca mantém a frescura e possui grande potencial de guarda. Harmoniza com carnes vermelhas, carnes de caça, porco e massas. 

Do Brasil, na Serra da Mantiqueira, a vinícola Artesã, possui o Mar de Morros Rosé,  com 100% syrah. Cor salmão claro com delicado aroma de lichia, frutas vermelhas frescas e um leve floral. Em boca apresenta bastante frescor, sutil frutado de geleia de morangos silvestres da Mantiqueira perfeitamente equilibrado pela boa acidez. Final agradável e persistente com notas de framboesa madura. Perfeito com saladas mais elaboradas, peixes e frutos do mar grelhados, comida japonesa, pato confitado e queijos cremosos como o brie. Ideal com massas a base de frutos do mar. Experimente com arroz de pato acompanhado de gomos de laranja caramelizados.