Países da ex-República Socialista Soviética são grandes produtores de vinho mesmo com o declínio do consumo da bebida devido à grande campanha do ex-presidente Mikail Gorbatchev contra o alcoolismo nos anos de 1980. Alguns deles continuaram sua história na viticultura, é o caso da República da Moldávia que completou 18 anos do Dia Nacional do Vinho, no primeiro final de semana de outubro passado. Participaram deste evento 60 enólogos e mais de 100 mil visitantes que puderam conhecer mais sobre a gastronomia, cultura e beleza deste país do Leste Europeu.
O passado lhe glorifica
Há pelo menos três mil anos começou o cultivo de vinhas na Moldávia, segundo achados arqueológicos. Devido a esse passado, a cultura do vinho conseguiu aos poucos expandir de geração em geração e conquistou o coração de muitos moldávios. Assim, atualmente a vitivinicultura tem um papel importante e chega a responder por 30% da receita de exportação do país.
Com grande potencial para vinhos de qualidade, o país possui sete regiões demarcadas, entre elas; Hincest, Pucar, Balti, Romanesti, Cricova, Stauceni e Ialoveni, mas apenas quatro Denominações de Origem: Balti, Codru, Stefan-Voda e Valul lui Traian, localizadas em paisagem de relevo entre vales e clima moderado pela brisa do Mar Negro que fica distante 40 km e localizado entre a Romênia e a Ucrânia. Tem uma extensão territorial de mais de 33 km e seus vinhedos ocupam quase 4% do território e ¼ da população ativa se dedica ao vinho.
A Moldávia era a metade oriental romena e 2/3 da população ainda fala romeno. Em 1812, foi anexada pela Rússia e os czares encorajaram o cultivo das cepas europeias. Durante o período comunista, 240 mil ha de vinhas foram plantadas para abastecer a União Soviética; no entanto um dos seus ex-presidentes pensava o contrário e resolveu acabar com grande parte das áreas cultivadas para ratificar sua campanha antialcoolismo.
O presente lhe confere
Assim, restou apenas 149 mil ha de uvas viníferas plantadas e 60% da produção é feita para vinho branco das uvas chardonnay, sauvignon blanc, aligoté e rkatsiteli. As uvas tintas são pinot noir, merlot, cabernet sauvignon e saperavi. Outro dado impressionante diz respeito que 90% de tudo o que produzem é exportado para o mercado russo ainda. Mas, alguns produtores tem em mente a expansão de suas criações para o Ocidente, entre eles o Brasil!
Cricova, cidade próxima da capital Chisinau, é considerada como o “tesouro” da República da Moldávia porque possui gigantescas adegas – praticamente é uma cidade subterrânea! As minas antigas de Cricova estão a uma profundidade de 60 a 80 m, têm uma temperatura constante que permite a produção de vinhos espumantes pelo método tradicional.
Colocadas sob a proteção da UNESCO, também armazenam um grande número de vinhos moldavos e estrangeiros, alguns deles muito antigos. Duas das maiores vinícolas do país localizam-se dentro de galerias embaixo da terra: Milestii Mici, a maior que foi fundada em 1969 que exporta vinhos de qualidade das castas cabernet sauvignon, aligoté, cahor e muscat. E Cricova, mesmo nome da cidade, que transformou-se em uma adega subterrânea devido às escavações de pedra calcária usadas na construção da capital do país.
Um destino turístico significativo na Moldávia, Cricova ainda tem ruas com nomes de variedades de uvas. Cerca de 6-8 m de largura, seu comprimento combinado excede 120 km em mais de 53 ha e guardam uma coleção com mais de 3 milhões de barris e garrafas em seus corredores, contando as duas maiores adegas: Milestii Mici e Cricova.
O futuro lhe abençoa
Por estar na mesma latitude de outra região famosa vitivinícola do mundo, a Borgonha, o país tem excelentes fatores em comum como a geografia, o solo e o clima. Possui um relevo com planícies, planaltos e colinas cortados pelos rios Prut e Nistru. O solo é preto conhecido como chernozem, repleto de húmus, e calcário, muito mineral. E o clima continental é perfeito para as diversas variedades de uvas que gostam de verões quentes e invernos temperados e mais secos.
A Moldávia também tem uvas autóctones que normalmente são combinadas com as castas estrangeiras. São elas:
- Rará Neagrá: uva tinta, fresca, baixo grau alcoólico, com sabor de baunilha e frutos secos;
- Feteascá Neagrá: uva tinta, demi-sec, acidez equilibrada, com aromas de frutas do bosque e uvas passas;
- Feteascá Albá: uva branca, seca e demi-sec, alto grau alcoólico, aromas florais e fresco.
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Adoraria conhecer
Olá, Luiz. Que legal! Se clicar no link a seguir: https://www.winelovers.com.br/romenia, poderá conhecer alguns vinhos que trouxemos da Romênia, cujas uvas são as mesmas da Moldávia. Espero que goste!
da Moldávia ; conheço pouco os vinhos . Gostaria de conhecer mais , os produtos e informações sobre os mesmos .
Oi José, como vai? A Wine Lovers trouxe vinhos da Romênia, um país vizinho da Moldávia. Eles possuem uvas similares, pois praticamente dividem o mesmo território. Clique no link: https://www.winelovers.com.br/romenia e conheça mais sobre esses vinhos premiados. Boas compras!