Um dos alimentos considerados mais saudáveis é o azeite de oliva virgem. Ele é ideal para saladas, pratos frios e quentes, e na temperatura correta pode-se até cozinhar com ele. As receitas ficam com um sabor especial e contém gorduras monoinsaturadas, compostos fitoquimícos, fenólicos, propriedades antioxidantes e fitoesteróis. Além disso, possui vitamina E e ômegas 3 e 6.
Primeiros produtores
A oliveira (Olea europaea L.) é uma planta muito conhecida por pessoas de todo o mundo. A árvore é oriunda do oriente do Mar Mediterrâneo, mais precisamente, de acordo com os historiadores, da região da antiga Mesopotâmia, que engloba hoje em dia o território do Iraque. Ela teria sido encontrada há 6.000 anos.
Tem tamanho baixo, com tronco retorcido e produz como fruto as azeitonas, que é a matéria-prima do azeite. Esse produto foi descoberto pelos gregos nos anos 2.500 a.C, e fez parte do seu desenvolvimento. Aliás, era exportado para o Egito como alimento, cosmético e combustível para lâmpadas.
A produção de azeite na Grécia e na Fenícia foi se aperfeiçoando ao longo dos tempos e aumentou o interesse de mercados por todo o Mediterrâneo e na época dos romanos esse comércio intensificou-se ainda mais devido às rotas abertas entre as cidades que formavam esse grande império.
Atualmente, a oliveira pode ser encontrada em vários países por todos os continente e o azeite está cada vez mais dentro dos lares das pessoas que buscam mais qualidade de vida.
Benefícios do azeite
Considerado um verdadeiro protetor das artérias por diminuir o colesterol ruim, LDL, sem prejudicar os níveis do colesterol bom, HDL. Tudo porque ele impede que o LDL se oxide, reduz a pressão arterial e regula o açúcar no sangue. Portanto, tem ação antioxidante e em muitas pesquisas científicas até ajuda a evitar o câncer por causa de seus compostos fenólicos.
O azeite de oliva não contém sódio, tem nutrientes presentes quando for o tipo virgem ou extravirgem obtido da primeira prensagem a frio. Afinal, ele não é refinado e só passa por processos físicos. Pode ser considerado como o verdadeiro suco natural da azeitona.
Tem um elevado conteúdo de gorduras monoinsaturadas, vitamina E e compostos fitoquimímicos. Se consumido com moderação não aumenta o peso como no caso de outros óleos apesar da grande quantidade de energia que cada grama possui (9 calorias).
Processo de fabricação
Você sabe como é extraído o azeite de oliva da azeitona, que é o fruto da oliveira? Na época da colheita, os agricultores retiram das árvores de maneira manual ou por vibração mecânica as diversas variedades de azeitonas. Depois, fazem uma seleção em lagares próprios. Ocorre a partir daí o esmagamento em moinho de granito seguido da extração por um decanter de duas fases. Esse procedimento pode ser feito no mesmo dia ou no dia seguinte.
Assim, pode ser engarrafado de preferência em garrafas de vidro escuro para preservar o produto dos raios de luz. O azeite de oliva pode ter diversos níveis de acidez e vai depender desta quantidade para ter a denominação de refinado, virgem fino, extravirgem e extravirgem biodinâmico. Vamos conhecer?
- Azeite de oliva refinado: maior que 2% de acidez (uso industrial)
- Azeite de oliva virgem fino: entre 0,8% e 2% de acidez
- Azeite de oliva extravirgem: menor que 0,8% de acidez
- Azeite de oliva extravirgem biodinâmico: 0,2% de acidez
Recomendação Wine Lovers
A Wine Lovers, recomenda o azeite extravirgem biodinâmico da vinícola e olival Quinta do Romeu, uma produtora de vinhos biodinâmicos e azeites da região de Douro, em Portugal. Sua história é longa e repleta de desafios.
A Sociedade Clemente Menéres LDA. é uma sociedade agrícola familiar fundada em 1902, mas desde 1874 produz vinhos, azeite e cortiça. Um dos seus proprietários, o jovem João Menéres, se orgulha de ser a quinta geração a cuidar dos vinhedos e olivais da família. A vinícola possui certificação de agricultura biológica há 20 anos e desde 2012 já converteu todos os processos para o biodinamismo.
O olival possui média altitude (350 metros) com exposições solares diversas com cerca de 120 ha. O solo de xisto na transição para o granito, faz com que a plantação conviva com um clima seco com amplitudes térmicas diárias e anuais enormes. As espécies de azeitonas utilizadas na produção do azeite Quinta do Romeu, é cobrançosa, verdeal transmontana e madural.
Seu azeite possui acidez máxima de 0,2% e é colhido de maneira manual na maioria das vezes. É produzido em lagares próprios e exclusivos. O esmagamento é realizado em moinho de granito seguido da extração por um decanter de duas fases. O processamento é feito no próprio dia da colheita ou, mais tardar, no dia seguinte, porque as azeitonas precisam estar bem frescas. O azeite possui uma cor verde amarelada com aroma intenso a erva, flores e a própria azeitona. No paladar é redondo, denso e fluido. Possui um leve dulçor de amêndoas no início, em seguida notas de azeitonas frescas, verduras variadas e termina numa nota picante, sem ser amarga. Trata-se de um azeite único com uma personalidade delicada, não demasiado potente, mas de grande elegância e harmonia. Pode ser harmonizado com vegetais cozidos, carnes brancas, peixes, mariscos e na preparação de molhos.