Muitas pessoas têm dúvidas de como escolher um bom vinho e como ler o rótulo de uma garrafa! Então, preparamos um material bem informativo para esclarecer todos os pontos e tranformá-lo em um expert de vez. Em primeiro lugar, existem dois estilos principais de rótulos de vinhos. Vamos conhecer sobre cada tipo?
Produtor/Nome
O nome do produtor é óbvio ou está num pequeno texto na parte superior ou inferior do rótulo (como muitos exemplos da etiqueta do vinho francês), determinando quem fez o vinho. É importante notar que em alguns rótulos de vinhos americanos aparece em destaque o produtor do vinho e abaixo as uvas.
Região
Indica de onde as uvas foram adquiridas para produzir o vinho. Um vinho de uma região maior é um vinho típico enquanto o valor de um vinho de um vinhedo específico muitas vezes indica uma designação regional de maior qualidade (Bordeaux – denominação regional e Pomerol – denominação determinada). Se um vinho é de um vinhedo específico, esse vinhedo será indicado entre aspas (por exemplo, “Les Suchots”) ou localizado logo abaixo da designação da região (ou seja, Vosne Romanée Les Suchots). Em geral, quanto mais você restringe a região, mais o nível de qualidade se torna refinado e os preços evoluem também.
Os vinhos tradicionais do Velho Mundo são coniderados mais contidos e menos frutados em seu sabor que os do Novo Mundo. O Velho Mundo inclui as regiões vinícolas da Europa que produzem vinhos há séculos. O Novo Mundo diz respeito aos países que iniciaram a produção e a exportação de grandes quantidades nos últimos cem anos, como a América do Norte, a América do Sul e a Austrália.
Variedade/Denominação
A variedade refere-se a uva ou uvas que são utilizadas na fabricação do vinho, por exemplo, merlot, ou um blend com cabernet sauvignon, merlot e cabernet franc. Muitas misturas não vão revelar as uvas constituintes nem o percentual de cada uma. Se não houver nenhum dado sobre a uva, procure qual é a Denominação ou Appellation, que poderá lhe dar pistas sobre as variedades utilizadas com base nas regras que regem a região. Por exemplo o vinho citado com as três uvas, pode ser um Bordeaux, e não terá escrito no rótulo o nome dessas uvas.
Safra ou Vintage ou Non-Vintage (NV)
O ano em que as uvas foram colhidas é a safra/vintage. A colheita diz muito sobre um vinho se você estiver familiarizado com as variações das safras. Como regra geral, os vinhos de várias safras ou “NV” (non-vintage) são vinhos de menor valor, porque eles têm a facilidade de misturar vários vinhos de anos diferentes para controlar o sabor.
Álcool e volume
O nível de álcool realmente diz muito sobre os vinhos. Muitas regiões europeias só permitem que seus vinhos de maior qualidade tenham 13,5% ou mais de teor alcoólico. Nos Estados Unidos, pode ser bastante elevado (até 17% em alguns vinhos secos) e o nível de álcool é uma indicação de quão complexo pode ser o vinho. Muitos vinhos com maior índice de álcool são feitos de uvas maduras e tendem a ter mais sabores de frutas maduras e em compota. Novamente, isso é uma generalização e existem exceções à regra.
Informações do rótulo secundário
Se você gosta de aromas e sabores como a pimenta-do-reino preta ou branca, canela ou café procure vinhos amadurecidos em barricas de carvalho francês. Se aprecia sabor de baunilha procure por vinhos amadurecidos em barricas de carvalho americano. Essas informações são geralmente obtidas atrás do rótulo ou o chamado rótulo secundário das garrafas. Vinhos fermentados ou maturados em barricas de carvalho são melhores porque dão ao vinho maior complexidade no aroma e sabor que os que utilizam métodos mais baratos como lascas de carvalho, sachês ou essência. Se o rótulo de um vinho tiver frases como “maturação em carvalho” ou “influência do carvalho” em vez da palavra “barrica”, seu produtor provavelmente fez uso de um desses métodos. As barricas criam um sabor de madeira integrado.
Preferências
Para algumas pessoas as preferências por vinho variam de acordo com o clima, com as estações do ano e com o que se está comendo. Um vinho branco mais ácido é refrescante no verão ou como acompanhamento de um prato picante, enquanto um vinho tinto robusto é mais agradável em um dia frio ou talvez com uma carne grelhada. Isso pode ajudar muito a como escolher um bom vinho, bastando seguir os seus gostos.
Nível de acidez
Assim como um sabor característico, cada varietal indica níveis distintos de tanino e acidez, conhecido como nível de acidez. Esses elementos influenciam no sabor do vinho e se ele é do seu agrado. Nebbiolo, malbec e cabernet sauvignon produzem vinhos com acentuado nível de tanino, ao passo que a sauvignon blanc e a chardonnay sem carvalho produzem vinhos que nos lembram a acidez do suco de um limão!
Você sabia que a garrafa, o rótulo, o fechamento, a cápsula, a embalagem, o custo de distribuição e os impostos são custos fixos do produtor de vinhos? Então, quanto mais você investir em uma garrafa de vinho, mais valor estará dando ao seu capital!
As cepas brancas
Sauvignon blanc é a uva branca aromática, de uma acidez natural vivaz, responsável por possibilitar a produção de um dos mais populares e respeitados vinhos brancos do mundo, os Sancerre e os Puilly–Fumé, do Vale do Loire, na França. Suas origens são da região de Bordeaux, também da França, onde costuma ser adicionada à sémillon, tanto nos vinhos secos (Graves), como nos doces (Sauternes). Isso confere sabor e vivacidade quando misturadas.
Sémillion é encontrada nos vinhos brancos de Bordeaux, na França, tanto nos mais respeitados doces quanto nos secos até mais seco que os vinhos das uvas sauvignon blanc e chardonnay. Consegue excelentes resultados na Austrália, na região do Hunter Valley como vinho branco seco. Oferece um vinho firme, equilibrado e saboroso. De aromas de maçã, pera, limão, nectarina, uva, melão e figo, além dos condimentos como açafrão e ervas frescas. Uma explosão de sabores!
Moscatel é quando o vinho tem aroma de uvas, então pode-se dizer que a uva do qual se originou é da família da Moscatel. Seus vinhos podem ser secos como na Alsácia; leves, adocicados e frisantes como em Asti; muito doce como em Valência; muito doce e fortificado como no “Liqueur Muscats” australiano e nos vinhos “doux naturels” do Rhône e do Sul da França como Muscat de Beaumesde-Venise, Muscat de Rivesaltes e Muscat de Frontignan.
As cepas tintas
Você sabe o que é tanino? Ele está presente nos vinhos tintos e é resultante da casca, sementes e da madeira (barricas de carvalho onde alguns vinhos são colocados antes do engarrafamento) provocando uma sensação de amargo no fundo da língua. No entanto, essa característica precisa estar equilibrada para ter certeza de como escolher um bom vinho.
Pinot noir é originária da Borgonha (França), de casca fina, baixa acidez, cor média, poucos taninos e melhor cultivada em regiões de clima mais frio. Seus vinhos são muito longevos, atingindo a maturidade em até 10 anos. Seu cultivo é extremamente difícil, sendo poucos os produtores bem sucedidos. É uma das mais antigas uvas francesas e ainda sujeita a mutações.
Tempranillo é a uva mais comum da Espanha, possui cor intensa, com taninos e acidez elevados. Quando pura, sem tratamento em carvalho, tem aromas e sabores de frutas vermelhas e especiarias. O vinho com esta uva tem aroma complexo de frutas negras como a ameixa, chocolate e couro. É mais concentrado, cor de um rubi intenso, robustez sem ser pesado.
Syrah/shiraz é mundialmente conhecida por seus vinhos concentrados, escuros, tânicos, densos, alcoólicos e repletos de aromas e sabor de especiarias. Seu fácil cultivo agrada muitos produtores, mas o processo de vinificação é complexo. É originária da França, uma descendente da uva dureza (tinta) com a mondeuse blanc (branca), e se adaptou muito bem no Vale do Rhône (França), mas também é muito cultivada na Austrália e em outros países.
E como escolher um bom vinho? A Wine Lovers ajuda você porque possui em seu portfólio vinhos incríveis para todas as ocasiões e com todos os tipos de uvas. Conheça alguns em seguida e desfrute desse maravilhoso mundo ao comprar um vinho com um clique!
Marina Espumante, da vinícola espanhola, Bodegas Bocopa, com 100% Moscatel de Alexandria. No nariz mostra-se potente, elegante e fino, com uma bela expressão varietal da Moscatel. Complementada por notas cítricas e de frutas tropicais. Na boca apresenta toques frutados e bolhas finas que o tornam refrescante e leve. Harmoniza com petit fours, sobremesas leves, frutas ou como um “welcome drink”.
Da vinícola francesa Château Saint Genes, o vinho Saint Genes Bordeaux Branco, é feito com 30% sauvignon blanc, 30% sauvignon gris e 40% sémillion. Perfeito com carne branca, peixe, queijos e ostras. Altamente recomendado pelo Guia Hachette.
Pino Doncel Vintage, da vinícola espanhola, Bodegas Bleda, com 50% monastrell, 25% syrah e 25% merlot. No nariz apresenta aromas intensos de frutos maduros com especiarias. Na boca é frutado, saboroso, equilibrado com notas de alcaçuz. Taninos leves e nobres. Final elegante e retrogosto persistente.
Alcanta Crianza, da vinícola espanhola, Bodegas Bocopa, com 60% tempranillo e 40% monastrell. Aromas de fruta negra madura combinado com bouquet elegante de nozes torradas finas, baunilha e especiarias. Na boca é encorpado, longo e equilibrado com um toque amadeirado.